Vergonha e dor em Uma branca sombra pálida, de Lygia Fagundes Telles

Autores

  • Leonardo Monteiro de Vasconcelos
  • Hermano de França Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.31416/cacto.v1i1.257

Palavras-chave:

Memória, Vergonha, Dor, Lygia Fagundes Telles, Psicanálise

Resumo

O conto Uma branca sombra pálida, de Lygia Fagundes Telles (1995), relata a história de Gina sob a perspectiva de sua mãe, a narradora-personagem. Perambulando pelo interior da obra, delineada ao labor de confissões e flahsbacks, os quais, estrategicamente, irrompem entre as idas a um cemitério, descobrimos que Gina cometera suicídio após sua mãe lhe impor uma difícil (quiçá, impossível) escolha: o amor materno ou o amor por Oriana. As duas jovens, ainda inexperientes no movediço terreno das experiências amorosas, refugiavam-se numa intensa relação homoafetiva. Numa estreita interlocução com a teoria psicanalítica, almejamos uma investigação capaz de dissecar, da narrativa em tela, as reminiscências (feridas traumáticas) que dão contornos a um triângulo afetivo, assaz precário, cujos vértices albergam sentidos que, conquanto reclamem um revestimento simbólico, precipitam em dor e angústia.

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Publicado

2021-08-28

Edição

Seção

Artigos Transdisciplinares (Fluxo Contínuo)