Maria Valéria Rezende, a história, a memória, e a autoficção em Outros Cantos
DOI:
https://doi.org/10.31416/cacto.v1i1.250Palavras-chave:
Maria Valéria Rezende, Outros Cantos, Autoficção, História, MemóriaResumo
O presente artigo identifica na obra Outros Cantos (2016), de Maria Valéria Rezende, resquícios da história da autora misturada com o gênero autoficção. Para concretizar essa análise, o embasamento será feito utilizando os estudos de Bakthin (2002), Moises (2016), Gagnebin (2006). A literatura contemporânea tem apresentado como tendência a multiplicidade de gêneros, a mistura de diversos gêneros literários relacionados com a história e a realidade. Nesse ínterim, há a possibilidade de se notar a presença de dois gêneros literários presente na obra Outros Cantos, de Maria Valéria Rezende: o gênero memória e autoficção. Maria Valéria Rezende envolve o leitor em sua produção de maneira que o real e o ficcional misturam-se. A ditadura militar, problemas de cunho social e ideológico, questões e conflitos culturais num espaço ficcional se fazem presentes. Há, na obra Outros Cantos, a presença do entrelaçamento entre história, memória e autoficção.
Referências
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