Educação Anarquista: uma proposta
DOI :
https://doi.org/10.31416/rsdv.v8i2.53Mots-clés :
Filosofia, Educação, DeleuzeRésumé
Este artigo aborda parte de uma pesquisa realizada pelo Mestrado Profissional de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. A intervenção foi praticada numa sala de aula do primeiro ano do Ensino Médio durante a disciplina de filosofia, buscando favorecer o aprendizado de temas filosóficos pelo estudante através de um ensino considerado anarquista, o qual tem o intento de favorecer a autonomia e a responsabilidade do estudante na construção de seu próprio aprendizado em conexão com a sua realidade. Pensada como uma possibilidade para evitar uma educação homogênea e autoritária, tal experiência foi fundamentada no horizonte conceitual do pensador francês Gilles Deleuze (2010), dentro de sua perspectiva apontada com antihierárquica chamada por ele de rizomática em oposição ao modelo arborescente; junto a isto veremos algumas críticas de pensadores anarquistas em relação à educação capitalista e à sua reprodução da exploração. Utilizamos comentadores como Silvio Gallo, pois nos ajudam a fazer um deslocamento conceitual das obras deleuzianas numa adaptação para a realidade brasileira. Trabalharemos assim com desterritorializações, reterritorializações e atualizações como processos contínuos do pensamento, os quais resultam no próprio aprendizado com a sua crítica e a criação conceitual, tendo como nosso objeto de observação a sala de aula: desde uma compreensão de educação menor, distante das instâncias da educação maior como coordenações, secretarias e ministério, possuindo, essencialmente, a função de impedir a reprodução da homogeneidade e da heteronomia do que se deve e quando aprender encontrada na educação tradicional.
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