Crítica decolonial em Clastres, Dussel e Guattari

Autores

  • EDILENE NUNES SANTOS Ufs

DOI:

https://doi.org/10.31416/cacto.v2i1.329

Palavras-chave:

Filosofia da libertação; Capitalismo; Dussel; Clastres; Guattari

Resumo

Este trabalho pretende investigar a questão do subalterno e do colonizador, sob a ótica da Filosofia da Libertação, objetivando, portanto, um escape da constante ameaça do sistema colonizador capitalista como modo de vida das civilizações. As perspectivas dos autores aqui abordados são complementares e objetivam, portanto, um escape da constante ameaça do sistema colonizador capitalista como modo de vida das civilizações. As perspectivas dos autores aqui abordadas, buscam mostrar como o ego ( europeu) captura a força vital das culturas como a latino-americana, que sobreviveram ao colono e ainda são excluídas, desprezadas, oprimidas e ignoradas pelo etnocentrismo. Além disso, os autores Clastres, Dussel e Guattari, constroem um diagnóstico da modernidade e seu modo de produção social, compartilhando de um espírito crítico que vê um potencial transformador do ser humano através das subjetividades marginalizadas. Buscamos portanto apresentar uma síntese dos três autores para debater sobre pistas para assumir uma função libertadora e integral do ser humano (uma dimensão ética-política), destacando que a liberdade deve ser dissociada de um caráter "utilitário” e deve voltar-se para a própria realidade do subalterno (não do seu colono). Assim possibilitar, como máquina de guerra, uma luta contínua primordial de potenciação da sensibilidade das subjetividades marginalizadas, portanto uma filosofia do Sul para o Sul.

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Publicado

2022-03-12

Edição

Seção

Artigos Transdisciplinares (Fluxo Contínuo)