Reflexos do urban jungle no bem-estar subjetivo em tempos de pandemia da COVID-19

Auteurs

  • Eduardo Martins de Arruda Universidade Federal da Paraíba
  • Flaviana Santos da Nóbrega Universidade Federal da Paraíba
  • Taciana Rita Santos Souza Universidade Federal da Paraíba
  • Nelsio Rodrigues Abreu Universidade Federal da Paraíba

DOI :

https://doi.org/10.31416/rsdv.v12i2.566

Résumé

O presente estudo aborda percepções de bem-estar subjetivo e qualidade de vida por pessoas interessadas na temática de cultivo doméstico de plantas. Nesse sentido, a motivação maior para estudo se deu em virtude do cenário da pandemia de covid-19. Uma vez que em meio ao isolamento social e a necessidade de passar mais tempo em casa, o próprio sentido de lar e moradia foi ressignificado para muitas pessoas. Em decorrência, alguns alguns hábitos ou hobbies foram intensificados ou até mesmo descobertos durante a pandemia. Desse modo, objetivo principal deste trabalho é verificar o consumo do cultivo de plantas nos lares durante o momento de pandemia da Covid-19 e suas contribuições para o Bem-Estar Subjetivo. A pesquisa está pautada na abordagem qualitativa, viés exploratório e análise do conteúdo. A coleta de dados ocorreu em dois momentos, formulário do Google Forms e realização de grupo focal. Ao final, constatamos aumento de interesse e desejo das pessoas em ter plantas em seus lares associado a sentimentos de bem-estar subjetivo e otimização do estado emocional.

Bibliographies de l'auteur

Flaviana Santos da Nóbrega, Universidade Federal da Paraíba

Mestrado em Administração e Sociedade Pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB, Linha de Pesquisa em Marketing e Tecnologia, com ênfase em Marketing. Especialização em Marketing e Gestão Estratégica pela Universidade Cândido Mendes - UCAM. Graduada em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Interesse em Consumo, Feminismo, Diversidade, Tecnologia, Python, Sustentabilidade. (Texto informado pelo autor)

Taciana Rita Santos Souza, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (2022). Especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (2016); graduada em Direito pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (2013) e em Administração pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (2013). Administradora vinculada ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), onde atua na Coordenação de Correição. (Texto informado pelo autor)

Nelsio Rodrigues Abreu, Universidade Federal da Paraíba

Possui Doutorado em Administração pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL e Graduação em Administração pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal de Paraíba/UFPB, lecionando no Curso de Administração do Departamento de Administração/DA e é Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA/UFPB e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo (PPGIC/UFPE) - 2023-202?. É líder do Tema 09 - Marketing e Sociedade, da área de Marketing (EMA e EnANPAD) da ANPAD (Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Administração) - 2018-2022. É líder também do Tema 1 - Consumo, Materialismo, Cultura e Sociedade (Marketing e Sociedade) da área de Marketing do SemeAd 2018-2022. É Líder do Grupo de Pesquisa em Consumo, Inovação e Marketing - GPCIMA/CNPq e liderou o Grupo de Pesquisa Consumo e Cibercultura - GPCiber/CNPq (01/2011 a 01/2023). Avaliador ad hoc INEP/MEC. Atuou como Vice-Coordenador do PPGA/UFPB (06/2021 - 05/2023). Atuou como Coordenador do PPGA/UFPB (05/2016 - 04/2018). Professor em cursos de Pós-Graduação nas disciplinas: Marketing Gerencial, Marketing de Serviços e Marketing & Diversidade, Lógica dos Serviços, Fundamentos de Marketing, E-commerce, Empreendedorismo e Intra-empreendedorismo, Gestão de Organizações Públicas e Organização, Canais de Distribuição, Propaganda e Promoções, As Pessoas no Trabalho, Recrutamento e Seleção, Administração de Conflitos nas Organizações e Publicidade-Propaganda: Lançamentos e Desenvolvimento de Novos Produtos, e foi Coordenador de Extensão da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade/FEAC/UFAL, Coordenou do Curso de Especialização em EaD - Gestão em Saúde e o Curso de Especialização em Gestão da Organização Hospitalar. Tem experiência na área de Administração, atuando principalmente nos seguintes temas: Marketing, Marketing e Sociedade, Consumo e Diversidade, Serviços (especialmente Service-Dominant Logic - LDS), Transformative Consumer Research (TCR) e Transformative Service Research (TSR). (Texto informado pelo autor)

Références

ALBUQUERQUE, A., & TRÓCCOLI, B. T. Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2),153-164. 2004.

BARROZO, Leandra Matos et al. Interesse da População pela Jardinagem Durante o Isolamento Social na Pandemia da Covid-19. LICERE-Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, v. 25, n. 3, p. 71-99, 2022.

BELDADE, Joana Rita do Brito. As plantas e o bem-estar humano em ambientes extremos. 2015. Tese de Doutorado.

BEZERRA, A. ET. AL. Fatores associados ao comportamento da população durante o isolamento social na pandemia de COVID-19. 2020. Disponível em<http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/fatores-associados-ao-comportamento- da-populacao-durante-o-isolamento-social-na-pandemia-de-covid19/17551>. Acesso em 11 de jun. 2021.

BELK, R. W. Possessions and extended self. Journal of Consumer Research, v. 15, n. 2, p. 139-168, 1988. https://dx.doi.org/10.1086/209154.

BRINDLEY, P.; JORGENSEN, A.; MAHESWARAN, R. Domestic gardens and self- reported health: a national population study. Int J Health Geogr 17, 31 (2018). https://doi.org/10.1186/s12942-018-0148-6.

BRINGSLIMARK, T.; HARTIG, T.; PATIL, G. G. (2009). The psychological benefits of indoor plants: A critical review of the experimental literature. Journal of Environmental Psychology 29 (4), 422-433. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2009.05.001.

BRICKMAN, P.; CAMPBELL, D. T. Hedonic relativism and planning the good society. Nova York: Academic Press, 1971.

BUCKLEY, R. Nature tourism and mental health: parks, happiness, and causation. Journal of Sustainable Tourism, v.28, n.9, p.1409-1424, 2020.

CANTOR, B.E.M.; SINGUREANU, V.; HUSTI, A.; HORT, D.; BUTA, M. Ornamental

plants used for improvement of living, working and studying spaces microclimate.

ProEnvironment, v.6, p.562-565, 2013.

CASTELLÓ, E.; MIHELJ, S. Selling and consuming the nation: Understanding consumer nationalism. Journal of Consumer Culture. 18(4), 558-576, 2018. https://doi.org/10.1177/1469540517690570.

CARDOSO, Adauto Lucio. Trajetórias da questão ambiental urbana: da Rio 92 às Agendas 21 locais. Revista Paranaense de Desenvolvimento-RPD, n. 102, p. 51-69, 2002.

DA SILVA, Joelmir Marques. Um passeio pela história dos jardins e um olhar para a criação dos primeiros jardins modernos do Brasil. Revista Espaço Acadêmico, v. 13, n. 156, p. 113-126, 2014.

DENG, L., DENG, Q. The basic roles of indoor plants in human health and comfort.

Environ Sci Pollut Res 25, 36087–36101 (2018). https://doi.org/10.1007/s11356-018-3554-1.

DIENER, E. Subjective well-being. Psychological Bulletin, 95(3), 542–575, 1984. https://doi.org/10.1037/0033-2909.95.3.542.

. Subjective well-being: The science of happiness and a proposal for a national index. American Psychologist, 55(1), 34–43, 2000. https://doi.org/10.1037/0003- 066X.55.1.34.

DIENER, E.; OISHI, S.; TAY, L. Advances in subjective well-being research. Nature Human Behaviour, 2(4), 253–260, 2018.

ELSADEK, M.; LIU, B.; LIAN, Z. Green façades: their contribution to stress recovery and well-being in highdensity cities. Urban Forestry and Urban Greening, Article 126446, v.46, 2019.

ENGLISH, T.; CARSTENSEN L. Socioemotional selectivity theory. In: A Pachana Encyclopedia of Geropsychology. Singapore: Springer Singapore. 2015.

FAGERHOLM, N.; MARTÍN LÓPEZ, B.; TORRALBA, M.; OTEROS ROZAS, E.; LECHNER, A.M.; BIELING, C.; STAHL OLAFSSON, A.; ALBERT, C.; RAYMOND,

C.M.; GARCIA MARTIN, M.; GULSRUD, N.; PLIENINGER, T. Perceived contributions of multifunctional landscapes to human well being: Evidence from 13 European sites. People and Nature, v.2, n,1, p. 217-234, 2020.

FEITOSA, V. A. A horticultura como instrumento de terapia e inclusão psicossocial. Revista Verde Pombal, v. 9, n. 5, p. 7-11, 2014. FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ. Coronavírus.

FRUMKIN H. ET AL. Nature Contact and Human Health: A Research Agenda. Environ Health Perspect. 2017 Jul 31;125(7):075001. doi: 10.1289/EHP1663. PMID: 28796634; PMCID: PMC5744722.

GABRIEL, Y; LANG, T. New faces and new masks of today’s consumer. Journal of Consumer Culture. v. 8, n. 3, p. 321-340, 2008. https://doi.org/10.1177/1469540508095266.

GUIMARÃES, E. M.; GANSKE, M. C. Morar em 2025: um estudo sobre a verticalização das cidades, o potencial do lixo orgânico e o reuso de recursos naturais em ambientes residenciais compartilhados. 12º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, outubro de 2016, num. 2, vol. 9. Disponível em http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east- 1.amazonaws.com/designproceedings/ped2016/0262.pdf. Acesso em 11 de jun. 2021.

HOLBROOK, M. B. Nostalgia and consumption preferences: some emerging patterns of consumer tastes. Journal of Consumer Research, v. 20, n.2, p. 245-256, 1993.

HOLBROOK, M. B; SCHINDLER, R. M. Nostalgic bonding: exploring the role of nostalgia in the consumption experience. Journal of Consumer Behaviour, v. 3, n. 2, p. 107-127, 2003.

HOMAN, K. J. Self-compassion and psychological well-being in older adults. Journal of Adult Development, 23, 111-119, 2016. https://doi.org/10.1007/s10804-016-9227-8.

HUTZ, C. S.; ZANON, C.; BARDAGI, M. P. Satisfação de Vida. In: HUTZ, C. S. (Org.).

Avaliação em Psicologia Positiva. Porto Alegre: Artmed, 2014, cap. 3, p. 43-47.

JYRINKI, H. Pet-related consumption as a consumer identity constructor. International

Journal of Consumer Studies, v. 36, n. 1, p. 114-120, 2012

JOSIFOVIC, I.; GRAAFF, J. Urban Jungle Blooggers. Disponível em:<https://www.urbanjunglebloggers.com/about/>. Acesso em 11 de jun. 2021.

JUNQUEIRA, Antonio Hélio; PEETZ, Marcia Silva. Plantas ornamentais para ambientes interiores sustentam o desempenho da floricultura na pandemia. Agrianual: Anuário da Agricultura Brasileira 2021. p. 286-289. São Paulo: IHS Markit, 2020.

JUNQUEIRA, Antonio Hélio; PEETZ, Marcia Silva. Consumo de flores e plantas ornamentais: resiliência e superação em contextos pandêmicos e pós- pandêmicos. Agrianual: Anuário da Agricultura Brasileira 2022. p. 286-289. São Paulo: IHS Markit, 2021

KENIGER, L.; GASTON, K.;IRVINE, K.; FULLER, R. What are the Benefits of Interacting with Nature? International Journal of Environmental Research and Public Health, v.10, n.3, p.913-935, 2013.LEVY, S. Symbols for sale. Harvard Business Review, v. 37, n. 4, p. 117-124, 1959.

MENDONÇA, H.; Ferreira, M. C.; Caetano, A.; Torres, C. V. Cultura organizacional, coping e bem-estar subjetivo: um estudo com professores de universidades brasileiras. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, v.14, n.2, p. 230-244, 2014.

MOGILNER, C. It’s time for happiness. Current Opinion in Psychology, 26, 80–84, 2019. https://doi.org/10.1016/j.copsyc.2018.07.002.

NUNES, Kester Jonathan DS. BIOFILIA APLICAÇÃO NA ARQUITETURA, E BENEFÍCIOS AO BEM-ESTAR HUMANO. Anais da Semana Universitária e Encontro de Iniciação Científica (ISSN: 2316-8226), v. 1, n. 1, 2022.

OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Medidas não farmacológicas de saúde pública para mitigação de risco e impacto de epidemias e pandemias de influenza. 2020b. 86p. Versão oficial em Português da obra original em Inglês. Disponível em:< https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52044/9789275722220_por.pdf?sequence=1&i sAllowed=y >. Acesso em 11 de jun. 2021.

PIACENTINI, M; MAILER, G. Symbolic consumption in teenagers’ clothing choices.

Journal of Consumer Behaviour, v. 3, n. 3, p. 251-262, 2004

PORTO, A.B. ET AL. Que planta te importa? Um relato de caso sobre o significado das plantas para as pessoas. Ethnoscientia, v.6, n.1, 2021. D.O.I.: 10.18542/ethnoscientia.v6i1.10467.

REIS, S. N.; REIS, M. V.; NASCIMENTO, A. M. P. Pandemic, social isolation and the importance of people-plant interaction. Review Article. Ornam. Hortic. 26 (3) • Jul-Sep 2020. https://doi.org/10.1590/2447-536X.v26i3.2185.

RYAN, J. C. Botanical memory: Exploring emotional recollections of native flora in the Southwest of Western Australia. Emotion, Space and Society, v. 8, p. 27-38, 2012.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de Pesquisa. (Ebook). Tradução: MORAES, D. V. 5. Ed. Dados Eletrônicos - Porto Alegre: Penso, 2013.

SHETH, J. Impact of Covid-19 on consumer behavior: Will the old habits return or die?.Journal of Business Research, v. 117, p. 280-283, 2020. DOI: 10.1016/j.jbusres.2020.05.059.

SIQUEIRA, M. M. M.; PADOVAM, V. A. R. Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem- estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 24, n. 2, p. 201- 209, 2008. https://doi.org/10.1590/S0102-37722008000200010.

SOUZA, Rosana Alves; PEZZINI, Camila. Neuroarquitetura: Design biofílico aplicado ao espaço construído e o impacto no aspecto mental e físico do indivíduo. Revista Thêma et Scientia, v. 11, n. 2E, p. 334-352, 2021.

THULER, L.C. S.; MELO, A. C. Sars-CoV-2/Covid-19 em Pacientes com Câncer. Revista Brasileira de Cancerologia. v. 66, n. 2, p. e-00970, 9 abr. 2020. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/970. Acesso em 11 de jun. 2021.

TOTH, G.; SZIGETI, C. The historical ecological footprint: from over-population to overconsumption. Ecological Indicators, 60, 283–291, 2016.

https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2015.06.040

VIEBRANTZ, Petra Barbara. Perceção dos utilizadores dos jardins da Alameda e da Estrela: associação das características dos jardins no bem-estar e na qualidade de vida. 2019. Tese de Doutorado.

WILSON, E. (1989). Biofilia. México: Fondo de Cultura Económica.

WOYCIEKOSKI, C., STENERT, F., & HUTZ, C. Determinantes do bem-estar subjetivo. Psico, 43(3), 280-288. 2012.

YIN, J.; ZHU, S.; MACNAUGHTON, P.; ALLEN, J.G.; SPENGLER, J.D. Physiological and

cognitive performance of exposure to biophilic indoor environment. Building and Environment, v.132, n.3, p.255-262, 2018.

YU, J. ET AL. Recent understandings toward Coronavirus disease 2019 (COVID-19): from bench to bedside. Frontiers in Cell Development Biology, v.8, n.476, 2020.

https://doi.org/10.3389/fcell.2020.00476.

ZANON, C.; HUTZ, C. S. Escala de afetos positivos e afetos negativos (PANAS). In: HUTZ, C. S. (Org.). Avaliação em Psicologia Positiva. Porto Alegre: Artmed, 2014, cap. 5, p. 63-67.

ZALEWSKA, J. Consumer revolution in people’s Poland: Technologies in everyday life and the negotiation between custom and fashion (1945–1980). Journal of Consumer Culture, v. 17, n. 2, p. 321-339, 2015.

Téléchargements

Publiée

2024-06-07

Comment citer

ARRUDA, E. M. de; NÓBREGA, F. S. da; SOUZA, T. R. S.; ABREU, N. R. Reflexos do urban jungle no bem-estar subjetivo em tempos de pandemia da COVID-19. Revista Semiárido De Visu, [S. l.], v. 12, n. 2, p. 876–894, 2024. DOI: 10.31416/rsdv.v12i2.566. Disponível em: https://revistas.ifsertao-pe.edu.br/index.php/rsdv/article/view/566. Acesso em: 23 nov. 2024.

Numéro

Rubrique

Ciências Sociais Aplicadas - Artigos