Economias em desenvolvimento e o Consumo de Frutas e Hortaliças
DOI:
https://doi.org/10.31416/rsdv.v4i3.144Palavras-chave:
Alimentação saudável, renda, obesidade, consumo, agronegócioResumo
O Objetivo é analisar o consumo de Frutas e Hortaliças (F&H) no Brasil, verificar a influência da renda nesse consumo e identificar ações de intervenção para a obesidade através do estímulo ao seu consumo, tendo em vista que a sua ingestão é benéfica tanto para a saúde da população quanto para o agronegócio dos setores frutícola e olerícola brasileiros. Foram utilizados os dados de consumo de frutas e hortaliças, de renda e os referentes à prevalência do excesso de peso e obesidade disponíveis nos relatórios da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos anos de 2002-03 e 2008-09. Também utilizou-se os dados de pesquisa da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL, 2010). Foram realizadas comparações de consumo de F&H entre as grandes regiões brasileiras, utilizando o teste estatístico Kruskall-Wallis para verificar se havia diferenças significativas entre elas com relação ao consumo médio desses produtos. Para analisar a influência da renda no consumo de F&H foi utilizada a Correlação de Pearson. Também foi realizada entrevista com uma profissional de nutrição. Como resultado observou-se que o consumo de F&H no Brasil está abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também se identificou que a renda exerce influência no consumo desses alimentos. Verificou-se, ainda, que há um esforço em desenvolver ações de intervenção para a obesidade no Brasil, tanto na dimensão micro como na macroambiental, através do incentivo ao consumo de F&H nas escolas voltadas público infanto-juvenil e das campanhas publicitárias direcionadas ao público em geral. Implicações Práticas: O estudo aponta para a necessidade de formulação e implantação de estratégias de marketing que estimulem o consumo de frutas e hortaliças, sem desconsiderar a influência da renda no consumo desses produtos. A originalidade está em abordar a importância do agronegócio de frutas e hortaliças para prevenir e combater a obesidade, esta, por sua vez, considerada um problema de saúde pública.
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