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Da solidão odiosa ao vazio devastador:

O remorso de Narciso em A Mulher no Espelho – Uma Reflexão, de Virginia Woolf

Auteurs

  • Matheus Pereira de Freitas

DOI :

https://doi.org/10.31416/cacto.v1i1.268

Mots-clés :

Narcisismo, Psicanálise, Solidão

Résumé

Dentre os principais trabalhos metapsicológicos que Sigmund Freud (1856-1939) delineara em 1915, o conceito de Narcisismo, formulado em Introdução ao narcisismo (1914), destaca-se por refletir a condição nefasta do homem bélico, em sua recusa em enxergar o outro. Com isso, ao reinterpretar o mito grego, Freud constata, em Narciso, aquilo que o jovem mancebo negava em si mesmo, ou seja, seu egoísmo aniquilador. Entrementes, a partir desta (re)leitura freudiana, pretendemos analisar o conto "A mulher no espelho – Uma reflexão", da escritora inglesa Virgínia Woolf (1929), observando o funcionamento subjetivo de Isabella Tyson, personagem emoldurada pela solidão. No conto, acompanhamos a descrição da personagem em seu lar, a partir do olhar estático de seu espelho exposto na casa, única testemunha do isolamento que invade o ambiente. Assim, alheia aos outros e a si mesma, a protagonista permanece acompanhada, unicamente, pela voz ecoante do silêncio, até o instante assombroso no qual se depara com seu próprio reflexo. Neste (re)conhecimento, presenciamos a imagem petrificada de Narciso e sua poder devastador. Com efeito, atravessados por esta diagramação, pretendemos escancarar os enigmas que subjazem à narrativa, a partir da teoria desenvolvida por Freud (1915) e seus predecessores Klein (1957) e Segal (1990).

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Publiée

2021-08-29

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Numéro

Rubrique

Artigos Transdisciplinares (Fluxo Contínuo)