De Gaston Bachelard à Michel Foucault:

Descontinuidade e questão antropológica

Autores

  • Thácio Ferreira dos Santos UFU

DOI:

https://doi.org/10.31416/cacto.v3i1.437

Resumo

A obra foucaultiana recebeu variadas influências, na medida em que foi se desenvolvendo e se complexificando, no período que abrange as décadas de 1960 e 1970, até os anos 1980. Durante esse período, Foucault introduz no campo da historiografia questões pertinentes à filosofia, tendo Gaston Bachelard (1884-1962), Alexandre Koyré (1902-1968) e  Georges  Canguilhem (1904-1995), seus grandes referencias da epistemologia historiográfica. Ao congregar, de maneira original, diversas perspectivas teóricas, Foucault inaugura uma nova abordagem de investigação sobre a constituição dos saberes. Tal abordagem, será designada pelo filósofo de arqueologia. A filosofia bachelardiana permaneceu uma referência para Foucault, sobretudo pelas análises realizadas sobre constituição dos saberes científicos. Apesar das evidentes divergências entre a posição da epistemologia bachelardiana e a arqueologia foucaultiana com relação a questão da recorrência histórica, ambas perspectivas se apoiam em uma visão descontinuísta do tempo. O presente estudo visa, num primeiro momento mostrar, as possíveis aproximações e distancias entre a epistemologia bachelardiana e a arqueologia foucaultiana; e num segundo momento, apontar alguns elementos em torno do descontinuísmo de Foucault, herdado de Bachelard, e sua relação com a questão antropológica.

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Publicado

2023-05-05

Edição

Seção

Artigos Transdisciplinares (Fluxo Contínuo)