A Crítica da Arte em Hegel e a Defesa da Literatura em Beauvoir

Autores

  • Nathália Cristina Medeiros Maia Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.31416/cacto.v2i1.385

Resumo

Apresentar uma análise concernente à obsolescência da arte na visão de Friedrich Hegel, a partir de sua teoria estética e da sua crítica à literatura romancista. Evidenciar a reflexão sobre a contemporaneidade da arte literária e romanesca, na perspectiva de Simone de Beauvoir, que defende a compatibilidade entre filosofia e literatura. Enquanto o pensador idealista enaltece a filosofia e a religião, a fim de as sobrepor à arte, a pensadora existencialista considera que a manifestação artística da modernidade – especialmente, o romance – é tão importante como o pensamento. Nesse sentido, este artigo visa evidenciar a defesa de Beauvoir à ação criativa, em relação ao posicionamento contrário de Hegel sobre as artes modernas, principalmente aquelas de caráter romanesco. Por fim propõe-se criar uma síntese dialética entre o sensível e o inteligível, o sentir e o pensar, a subjetividade e a objetividade, a razão e a emoção, de maneira a manifestar uma aproximação entre o essencial e o aparente, sem separar a relevância da conexão que há entre os fenômenos e o Espírito Absoluto.

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Publicado

2022-09-08

Edição

Seção

Artigos Transdisciplinares (Fluxo Contínuo)